quinta-feira, 4 de agosto de 2011

“Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas, liquidações. Mas, segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo (...) Ninguém desconfia do meu anti socialismo interno. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vitima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Tenho cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope (....) Sou estrategista, batalhadora, porem traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promiscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também.”

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