terça-feira, 9 de novembro de 2010

Esses dias eu deixei a PAZ tomar conta. Chega dos problemas, apenas problemas tomarem as rédeas. Pela primeira vez eu me entreguei ao nada e incrivelmente nos entendemos como se fosse o certo de tudo. Ontem eu estava no ónibus voltando do trabalho e tinha uma menina sentada na minha frente. Ela me olhava, me olhava. Até que a mãe dela disse: O que você está olhando? Achou ela bonita? A menininha balançou a cabeça dizendo sim, eu disse você é linda parece uma princesa. Ela disse eu quero ser grande, assim que nem você para usar maquiagem e pintar as unhas. Eu olhei para ela e respondi: SE EU PUDESSE EU SERIA CRIANÇA PARA SEMPRE!
Sem problemas, sem vícios, sem obrigações, sem sequer se preocupar com o que irei comer no dia seguinte. Me bateu uma nostalgia: e pensar no quanto eu era livre, que mesmo sendo menina eu despenteava meus cabelos, andava com os pés no chão, as unhas e os pés sempre marcados por alguma coisa que eu tinha feito, das lágrimas de dor apenas superficial, de dores que eu realmente entendia, do amor,de que eu tinha como fugir de qualquer coisa, dos medos de coisas que não podem me atingir diferente das coisas que me atingem, de nunca desistir enquanto não conseguir uma coisa enquanto hoje eu abandono tanta coisa, enfim eu não sabia que crescer era morrer aos poucos. Eu pensava que quando eu tivesse 18 anos seria a chave do mundo, onde finalmente nada seria MEU LIMITE e hoje 3 anos depois já estou no meu limite.

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